Ouvi!
Ouvi e falei até de mais.
Ouvi o que quis,
o que não quis
e, falei.
Magoei talvez alguém
mas, digo também:
Como se pode evitar
falar do coração?
Perdão?
Não vejo qual a razão
nem qual a necessidade
de existir uma desculpa
para quem diz a verdade.
Ouvi!
Uma e outra vez
as mesmas palavras
e frases absurdas,
ofensas sem nexo
de traição e sexo.
Magoado,
optei por ficar calado.
tentei não mais ouvir
e, também
inventei estar tudo bem.
Fingi!
Fingi que não liguei
mas, ouvi…
e chorei.
© H. Vicente Cândido, 28-12-2006 (em Peniche, sentindo a brisa do Mar)
1 comentário:
Olá, H. Vicente Cândido.
Gostei muito de seu blog e desse belíssimo poema.
Vou colocar em meus favoritos para voltar com mais calma e conhecer melhor sua arte. Um abraço!
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