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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Poemas XIII - Apenas um Beijo

Olhei para ti.

Li nos teus olhos
a ternura do Amor.
Abracei o teu olhar,
ouvi o teu respirar
e senti o teu calor.

Noite de Março.
Depois de um sol sem vento
cai um frio arrepiante.
O teu abraço,
aquece toda a minha alma
e, eu recordo esse instante.

Recordação.
lembrança de um momento
que trago dentro de mim.
Essa emoção
que alimenta a minha vida,
é o meu Amor por ti.

Olhei para ti.
Cruzaste os olhos com os meus
mas não leste o meu desejo.
Não peço muito,
Quero apenas os teus lábios
para poder dar-te...

...um beijo.






© H. Vicente Cândido, 15-3-2006 (Noite de fados – Adega do João)

sábado, 22 de setembro de 2007

Piadas - Pai... ele bateu-me!

         Um magnata Árabe casou, finalmente, a sua filha mais nova com um ricaço Francês.

         Um dia, a filha vai toda chorosa queixar-se ao pai que o marido lhe tinha batido.

         – Aquele grandessíssimo filho de uma camela ousou levantar a mão sobre a minha filha?! – Exclamou o Árabe, encolerizado e cheio de indignação.

         – Sim, meu pai.

         – Filha, fizeste bem em vir falar comigo. É a injúria maior que ele me podia fazer, e isso pede uma retaliação à altura. Melhor ainda, pede vingança.

         E… zás! Dá à filha uma enorme bofetada, exclamando:

         – Que a minha filha volte para esse miserável e lhe diga que tipo de homem eu sou. Ele bateu na minha filha, portanto, nada mais justo que eu bater na sua mulher. A honra da nossa nobre família, está novamente reposta.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Peniche - Festejos e Tradições

Ao longo de todo o ano realizam-se várias festas e feiras, das quais se destacam:

Na Cidade de Peniche, a festa de N. Sra. da Boa Viagem, em honra da padroeira dos pescadores, que tem lugar no primeiro fim-de-semana de Agosto e se prolonga por três dias. No terceiro domingo de Outubro realiza-se os Círios de N. Sra. dos Remédios.

Na vila de Atouguia da Baleia tem lugar a Feira de S. Leonardo, a 6 de Novembro, com destaque para os frutos secos. A 15 de Agosto a festa da Assunção de N. Sra. e a 8 de Dezembro a festa de N. Sra. da Conceição.

Em Bolhos, no último domingo de Julho, tem lugar a feira de Sto. António e o Círio ao Senhor Jesus no último domingo de Outubro.

Em Bufarda realiza-se a festa de Sto. Antão no dia 21 de Janeiro, a festa de N. Sra. do Rosário no primeiro fim-de-semana de Outubro e a feira anual no dia 21 de Agosto.

Em Casais Brancos realiza-se a festa de N. Sra. da Conceição no último fim-de-semana de Julho.

Em Casal Moinho realiza-se a festa do Imaculado Coração de Maria no terceiro fim-de-semana de Julho, incluindo a sexta-feira e a segunda.

Em Casais do Júlio realiza-se a festa de Sto. António no primeiro fim-de-semana de Junho.

Em Coimbrã realiza-se a festa de N. Sra. da Memória no segundo fim-de-semana de Julho e de N. Sra da Conceição a 10 de Novembro.

No Lugar da Estrada realiza-se a festa de N. Sra. da Esperança no terceiro fim-de-semana de Agosto.

Em Geraldes tem lugar a festa de N. Sra. da Conceição no segundo fim-de-semana de Agosto.

Em Reinaldes realiza-se a festa de Sto. António no último fim-de-semana de Junho e a festa de Todos os Santos a 1 de Novembro.

Em S. Bernardino realiza-se a festa de aniversário da união desportiva e cultural de S. Bernardino no dia 20 de Maio.

Em Ribafria têm lugar as festas de N. Sra. da Nazaré no primeiro fim-de-semana de Setembro e de S. Martinho no segundo fim-de-semana de Novembro e a feira de Sto. António no dia 13 de Junho.

Em Ferrel realiza-se a festa de N. Sra. da Guia de 5 a 10 de Agosto.

Em Serra d'El-Rei têm lugar as festas de S. Sebastião no terceiro fim-de-semana de Janeiro, de N. Sra. do Amparo no quarto fim-de-semana de Maio, de N. Sra. da Piedade no terceiro fim-de-semana de Setembro e a feira anual a 4 de Agosto.

O feriado municipal tem lugar na segunda-feira posterior ao primeiro domingo de Agosto.




terça-feira, 18 de setembro de 2007

História - D. Inês de Castro

Sendo eu natural de Coimbrã, concelho de Peniche, sinto-me na obrigação de deixar aqui um breve relato histórico sobre D. Inês de Castro, uma vez que este cantinho perto do mar foi confidente de diversos encontros amorosos entre esta formosa dama e D. Pedro.

Cena da morte de D. Inês - Quadro de Columbano, Museu Militar, LisboaD. Inês de Castro era uma fidalga galega, de rara formosura, que fez parte da comitiva da infanta D. Constança de Castela, quando esta, em 1340, se deslocou a Portugal para casar com o príncipe D. Pedro (1320-1367).

A beleza singular de D. Inês despertou desde logo a atenção do príncipe, que veio a apaixonar-se profundamente por ela. Desta paixão nasceu entre D. Pedro e D. Inês uma ligação amorosa que provocou escândalo na Corte portuguesa, motivo por que o rei resolveu intervir, expulsando do reino Inês de Castro, que veio a instalar-se no castelo de Albuquerque, na fronteira de Espanha.

D. Constança morre de parto em 1345 e a ligação amorosa entre D. Pedro e D. Inês estreita-se ainda mais: contra a determinação do rei, D. Pedro manda que D. Inês regresse a Portugal e instala-a na sua própria casa, onde passam a viver uma vida de marido e mulher, de que nascem quatro filhos.

Os conselheiros do rei aperceberam-se das atenções com que o herdeiro do trono português recebia os irmãos de D. Inês e outros fidalgos galegos, chamaram a atenção de D. Afonso IV para aquele estado de coisas e para os perigos que poderiam advir dessa circunstância, uma vez que seria natural antever a possibilidade de vir a criar-se uma influência dominante de Castela sobre a política portuguesa. Persuadiram o rei de que esse perigo poderia afastar-se definitivamente, se se cortasse pela raiz a sua causa real: a influência que D. Inês exercia sobre o príncipe D. Pedro, que um dia viria a ser rei de Portugal. Para isso seria necessário e suficiente eliminar D. Inês de Castro.

O problema foi discutido na presença dos conselheiros do rei em Montemor-o-Velho, e aí ficou resolvido que Inês seria executada sem demora.

Quando D. Inês soube desta resolução, foi ter com o rei, rodeada dos filhos, para implorar misericórdia, uma vez que ela se considerava isenta de qualquer culpa. As súplicas de Inês só momentaneamente apiedaram D. Afonso IV, que entretanto se deslocara a Coimbra para que se desse cumprimento à deliberação tomada. E a execução de D. Inês efectuou-se em 7 de Janeiro de 1355, segundo o ritual e as práticas daquele tempo.

Anos depois, em 1360, D. Pedro I, já então rei de Portugal, jurou, perante a sua corte, que havia casado clandestinamente com D. Inês um ano antes da sua morte.

O tema dos amores de D. Inês e da sua triste morte interessou grande número de poetas e escritores de várias épocas e de várias nacionalidades, e pode dizer-se que se contam por centenas as obras literárias em que o tema foi tratado.

De entre todas distinguirei algumas de cada país que me parece merecerem alusão especial.



Alemanha
- Inez de Castro, tragédia, de F. H. Thelo;
- Inez de Castro, tragédia, de Grottfried von Böhm;
- Inez de Castro, drama, de Joseph Lauff.

França
- la reine du Portugal, tragédia, de Fermin Didot;
- Inez de Castro, tragédia, de Antoine H. de Lamotte;
- Inez de Castro, melodrama, de Victor Hugo;
- Inez de Castro, novela, da Condessa de Genlis;
- La reine morte, drama, de Henri de Montherlant.

Holanda
- Inez de Castro, tragédia, de Rhynius Feith.

Inglaterra
- Inez, the bride of Portugal, tragédia, de Neil Ross;
- Agnez de Castro, tragédia, de Catherine Cockburn;
- Ines de Castro, drama, de Mary Russel Milford;
- Agnes de Castro, tragédia, de Lady Sound;

Itália
- Ines de Castro, tragédia, de Davide Bertolotti;
- Ines di Castro, drama, de Luigi Baudozzi;

Portugal
- A Morta, drama, de Henrique Lopes de Mendonça;
- Nova Castro, tragédia, de J. José Sabino;
- A Castro, tragédia, de Domingos Reis Quita;
- Inez de Castro, romance, de Mendes Leal;
- A Fonte dos Amores, poesias, de Sousa Viterbo;
- D. Pedro e D. Inês, romance, de Antero de Figueiredo;
- D. Inez de Castro, poemeto, de Eugénio de Castro;
- A Castro, tragédia em cinco actos e em verso solto, da autoria do poeta António Ferreira (1528-1569), que é geralmente considerada a obra-prima do teatro clássico português. Esta obra tem por assunto os amores e a triste morte de D. Inês de Castro, que o autor trata com verdadeira mestria. De entre todas as cenas merece atenção especial aquela em que o coro anuncia a Inês a terrível sentença da morte que a aguarda. - O escritor português Almeida Garrett (1799-1854) considera os coros de «A Castro» de António Ferreira superiores a muitos coros das tragédias da Antiguidade.
- Inês de Castro é também uma ópera da autoria do compositor português Rui Coelho (n. 1881).
- Inês de Castro é ainda uma estátua de mármore da autoria do escultor português José Simões de Almeida (1880-1950).
- Pedro e Inês, série televisiva apresentada em 2005, da autoria de Francisco Moita Flores.


Túmulo de D. Inês em Alcobaça

Fonte: Diciopédia 2006 - Porto Editora, 2005. ISBN: 972-0-65260-8



quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Poemas XII - Fé no Amor

Ter Fé..!

Ter Fé é acreditar.
Acreditar no medo
da nossa existência.
Acreditar num mundo
com benevolência
que compreende, apoia,
tem clemência.

É acreditar.
Acreditar que uma vez o pecado
foi temido, explorado,
retirado deste Mundo
conturbado.
E eu,
aqui sentado,
vendo passar a Fé desvanecida
como quem vê passar
a própria vida,
espero.

Espero poder acreditar
que se a palavra de hoje é matar,
roubar, mentir,
prejudicar,
amanhã seja
Amar.

Acredito em Deus?
Não sei.
Mas tenho de acreditar
ter Fé para continuar
num mundo de desdenha,
ódio, dor.
Numa coisa acredito,
no Amor..!




© H. Vicente Cândido (25-11-2004)