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domingo, 3 de junho de 2007

Poemas IV - Olhando o Passado

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Talvez Pensasse um dia
que conhecia o Amor
mas, não!
Conheci um sentimento sem nexo
que, para além de puro sexo
era vazio, sem brio.
Como uma cadela no cio
que aceita qualquer cão,
pensava que era paixão
com uma réstia de Amizade.
Ó dura realidade.
Confrontado com a verdade
olhei nos olhos de alguém
e vi malícia, desdém,
ou talvez uma doença
vivida na pura crença
que o Amor é possessão
e, eu gritei a tempo…
Não!
Não é isso que eu quero.
Não é isso que eu sinto.
Se digo que te Amo… Minto!
Talvez a compreensão
de quem passou uma vida
preso no seu próprio mundo
mas, seu coração vejo agora
cheio de podridão, imundo,
destruindo o que dizia
Amar de noite e de dia
numa tentativa fútil
de resgatar a alegria.
Acabou um pobre inútil
sozinho e desolado
remoendo no passado.
Sem motivos para viver
agarra-se ao que puder
fomentando a sua crença.
Será que essa doença
se vai um dia curar?
Começo a duvidar.
E se um dia parar
para pensar no mal que fez
fica maluco de vez
pois, não há quem suporte
olhar os erros de frente
e, o ódio que contém
cedo o vai levar à morte
que vem fria e, de repente
acaba sem ter ninguém.


© H.Vicente Cândido, 24-09-2006

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