A noite findou e, a madrugada nasceu sem um sorriso.
Indaguei… Perguntei… Por dias e meses chorei…
Mas finalmente sei o porquê.
O porquê da distância ser cada vez maior…
O porquê das palavras já não aquecerem as manhãs frias de inverno…
O porquê de não ouvir no teu pensamento a palavra Amor.
E... Agora que sei… Caem lágrimas por um rosto que já não espera sentir novamente o calor do teu sorriso.
E… Agora que sei… Foi minha a culpa.
Chama-lhe ingenuidade… Credulidade… Confiar demais numa pretensa amizade…
Chama-lhe o que quiseres… Não estás longe da verdade!
A tarde terminou e, as trevas avizinham-se longas e melancólicas.
Contenho em mim explicações que não pedes sobre um assunto encerrado e, enterrado sob as questões que nunca quiseste colocar.
Retraio muito a custo a vontade de te enviar mil beijos no vento, cada um deles levando um pedido impossível banhado numa lágrima:
Desculpa, eu te peço!
Mas… Eu sei. Eu sei que até as palavras mais frias e distantes ofertadas… Nem essas eu mereço!
Começa o dia e, o sol agracia-me com a recordação do teu olhar.
Sinto-me feliz com a singela retribuição de um carinho mas, guardo para mim essa realidade quase certeira de momentos únicos que dificilmente se repetirão.
Eu sei… Eu sei que, por mais que pese no coração, por mais que tente... Há erros indeléveis impossíveis de apagar mas, prefiro mil vezes fechar os olhos para sempre do que, por um ínfimo segundo apenas, falhar contigo… Novamente!
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